Vivemos tempos que, a cada dia que passa, parecem mais incertos e intimidantes. A expressão "tenham medo, muito medo" soa de maneira inquietante na atualidade, ecoando uma sensação de insegurança que impregna diversas esferas da vida social, política e económica. Este medo, que deveria ser uma reação saudável e temporária, parece ter-se tornado uma constante na rotina diária. Nos dias de hoje, a proliferação de informações, frequentemente carregadas de pânico e alarmismo, alimenta um ambiente de ansiedade. Desde crises políticas que colocam em cheque a estabilidade das democracias até ao aumento da desigualdade social e das tensões geopolíticas, os motivos para o medo multiplicam-se. A cada novo escândalo, a cada nova crise, as vozes que clamam por cautela e receio tornam-se mais altas. E, claro, não podemos ignorar os riscos emergentes relacionados à tecnologia, à privacidade e à segurança digital, que acrescentam uma camada adicional ao nosso receio cotidiano. Mas, embora ...