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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

poema "Cais" por Joao Pires

Cais És parte da margem do rio És parte da margem do mar És Douro num lindo desafio Embarque de mercadorias e passageiros Que de noite vem pela calada Desembarcam sem se ver No meio da bicharada Para se abastecer Tens água que sobe Barcos que passam ao largo E nada te move Da tua missão sem amargo És cais que um dia Acolheste o teu primeiro amor Com grande acalmia E sem grande pavor És ainda lugar nas estações de caminho de ferro Que espera gente De todos os destinos Com o relógio que marca o tempo Há areia no cais Perfume de verde-rio Temperado com sal do mar Assente em grandes pedras E tu não chegas nunca mais Noites tranquilas Embaladas pela água E o perfume da maresia Segredos que me trazes De noite para o cais De madrugada Levas mensagens De manhã Passavam os arrais Montados nos barcos Sempre confidenciais Trago segredos Das quintas do Douro Entre as margens fluviais Pelo meio de

poema "Como eu preciso do Salvador" por Joao Pires

Como eu preciso do Salvador Pouco experimentei da vida Que vida esta, sem algum calor Salvará de forma atrevida Mas não tenho medo da morte Escravatura dos tempos modernos Consumo de plástico sem norte A fome que grassa pelos povos O avião em emergência Aterrou com o Salvador a bordo Veio salvar o povo dos flagelos Sem qualquer negligência E eu finalmente acordo Esperado desde os tempos antigos 12-11-2018   João Pires autor do romance  AMAR EM BAGOS DOURO